O exame de pHmetria é fundamental para avaliar a saúde do seu aparelho digestivo.
Assim, no artigo abaixo você vai compreender como ele é feito e alguns outros detalhes importantes necessários saber antes de realizá-lo.
Confira abaixo!
Como é feito o exame pHmetria?
É um exame feito para determinar a quantidade de ácido que chega ao esôfago em um período de 24 horas. É uma ferramenta importante no diagnóstico da doença do refluxo gastroesofágico e ganhou aceitação na área médica por sua capacidade de estudar o refluxo ácido por períodos prolongados de 24 horas ou mais.
É realizado inserindo um cateter pelo nariz, colocando sua ponta próximo a “válvula” (esfíncter esofágico inferior) e fixando-o nessa posição, mantendo um diário de todas as atividades diárias das pessoas que realizam o procedimento deve-se anotar este procedimento em análise.
O exame é indolor, o cateter é fino e passa pelas narinas mesmo em recém-nascidos de baixo peso. Os dados são registrados em um gravador digital (por exemplo, um holter cardíaco) e posteriormente analisados por um software especial.
O procedimento
Um gel anestésico é aplicado a uma das narinas para inserir o eletrodo. Através de uma das narinas, o eletrodo é inserido no esôfago e sua parte externa é fixada na superfície do nariz.
Outro eletrodo de referência é colocado no tórax do paciente e, finalmente, ambos os eletrodos são conectados a um dispositivo portátil .As principais variáveis examinadas na pHmetria que compõem o escore de DeMeester são: número de episódios de refluxo em 24 horas, número de episódios de refluxo com duração superior a 5 minutos, duração do refluxo mais forte, percentual do tempo total de refluxo, percentual do tempo de refluxo no posição ortostática (em pé) e percentual do tempo de refluxo na posição supina (deitada).
Indicações para realização do exame
As principais indicações para o monitoramento do pH são:
- Pacientes com sintomas típicos de DRGE que não respondem satisfatoriamente ao tratamento clínico e que a endoscopia não revelou lesão da mucosa esofágica. Nesses casos, o exame deve ser feito durante o uso da medicação;
- Pacientes com manifestações extraesofágicas atípicas sem a presença de esofagite. Nesses casos, recomenda-se a realização de pHmetria de canal duplo para caracterização simultânea de refluxo gastroesofágico (distal) e supraesofágico (laringofaríngeo);
- Casos pré-operatórios bem caracterizados em que a endoscopia não revelou esofagite;
Para o controle de pacientes com sintomas discretos, mas refluxo grave, que requerem um controle ácido eficiente. Por exemplo, pacientes com estenose esofágica péptica e/ou esôfago de Barrett.
Atualmente, a maioria dos pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico realiza a pHmetria pré-operatória. Não é uma indicação absoluta, mas o teste é muito útil não só para documentar adequadamente a DRGE.
Mas também para servir, juntamente com a manometria pré-operatória, como parâmetro comparativo para avaliar sintomas, recidivas ou complicações pós-operatórias.